Padrões BIM: ferramentas e processos.
Muitos profissionais e empresas já entenderam o que é BIM, mas ainda se sentem inseguros em relação ao porque adotar o BIM. Esta insegurança parte principalmente de alguns anseios sobre quais são os processos, ferramentas disponíveis, ou seja, por onde começar. Sabendo disto, a sugestão é que antes de mais nada a empresa precise fazer um diagnóstico dos seus processos internos de projetos.
É preciso seguir algumas premissas:
Documentar os processos projetuais da empresa. Toda a metodologia de projetos deve estar devidamente documentada.
Outro destaque no processo de adoção, é atestar que todos os processos e ferramentas adotadas sejam homologadas pelo “consórcio BIM”.
“É importante saber que a metodologia e padrões usados em projetos BIM são mutáveis. Tanto quanto ferramentas utilizadas. Todos estes itens sofrem modificações ao longo do tempo, e estas modificações devem ocorrer de forma que o legado não se perca, por isto a importância de observar a aderência ao recomendado pelo consórcio buildingSmart.
Wladmir Araujo - 2021”
Adotar padrões de projetos. Nos primórdios da “prancheta eletrônica”, o AutoCAD, havia muita confusão sobre layers, cores, espessuras de linhas, padrões de hachuras. No BIM isto precisa estar claramente definido.
O padrão atual para processos da buildingSMART é a ISO 29481, definido no Manual de entrega de informações (IDM). Outros padrões que devem ser observados, e alguns deles em específico no Brasil, foram tratados no episódio anterior.
Uma vez que as premissas tenham sido observadas, é preciso agora dois documentos:
BIM Mandate. É a “constituição” do BIM na empresa. Ele não precisa cobrir todos os detalhes, mas é imprescindível que defina todas as diretrizes de projeto. Ou seja contem os parâmetros básicos que adotamos nas premissas.
Plano de Execução BIM. Também conhecido como PEB, ou, em inglês, BEP (BIM Execution Plan). Este documento é feito seguindo as diretrizes do BIM Mandate. Cada projeto tem seu próprio PEB.
Vamos visualizar o cenário das ferramentas necessárias, para cada fase do processo macro:
Ainda na ideação do design, a fase embrionária, onde há um estudo de massas, conceito, viabilidade, podemos usar várias técnicas e ferramentas. Um exemplo é o generative design, através do Dynamo, que é parte do Revit. Já desde o início dos processos, através de inserção de parâmetros os estudos podem ser realizados, e as informações, caso o projeto se mostre viável, não serão perdidas. E é exatamente isto o que preconiza um dos itens das nossas premissas. Além do design, a viabilidade passa por conceitos orçamentários, documentais, e de integração com o ERP, o que pode ser realizado através do Oracle Aconex.
Quando falamos em planejamento, muita gente pensa no Excel. Ok, até post it funciona. Desde que haja método, e consistência metodológica claro. Aqui várias ferramentas se integram. Mas pense em um sistema de gestão de projetos robusto, e nas possibilidades na sua utilização, como o Oracle Primavera P6. E antes que pensem que não, os softwares de planejamento fazem parte do processo BIM. Muitas das informações de planejamento podem ser oriundas do próprio modelo. Um dos recursos do Revit é exatamente o de apontar “Fase Construída” em uma das propriedades do modelo. Estas, e outras informações, são intercambiadas entre os sistemas.
A etapa de construção é onde os conceitos de integração entre modelo e planejamento estão mais presentes. Ferramentas como o Navisworks Manage vai receber o modelo do Revit, ou qualquer outro software compatível com os padrões openBIM, e também o planejamento, por exemplo, do Primavera P6. É possível coordenar, federar e simular a construção do modelo integrando estas informações. Outras aplicações interessantes de serem usadas em campo são o Autodesk Construction Cloud e o Augin. Podemos ter diários de obra, issues, relatórios, e realidade aumentada para auxiliar o processo construtivo.
Poucos profissionais e empresas já entenderam as possibilidades do uso do BIM na operação do empreendimento. O modelo integrado ao cronograma de manutenção, e trazendo as informações de famílias de equipamentos como bombas, HVAC, elevadores, sensores e outras, podem ser um conjunto de poderosas ferramentas quando falamos de facilities management. O Autodesk Construction Cloud pode ler as informações do modelo, e criar uma issue, junto ao cronograma de manutenção, e disparar um gatilho quando for a hora de realizar a manutenção dos elevadores, trocar filtros de ar condicionado, revisar e trocar relés e outros componentes de automação.
Ou seja. O BIM pode integram inúmeras ferramentas que juntas, compõem um ecossistema integrado que facilitam, e muito, a vida do projetista, do construtor e das equipes de manutenção.
Imagina poder integrar todas estas ferramentas, extraindo o melhor de cada uma delas para facilitar o dia a dia das várias equipes?
No próximo episódio: Construindo um BIM Mandate.
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