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Episódio VI - Dimensões BIM

Episódio VI - Dimensões BIM

Imagem de BIM

Falar de BIM deixou de ser um tabu, e felizmente está caindo no "gosto popular". O conceito de BIM passa pela descrição dos processos de criação e gerenciamento de informações digitais sobre um ativo construído, prédios, pontes e viadutos, ferrovias, rodovias e túneis, por exemplo.

Há muitos anos todos sabem definir bem os conceitos de 2D, e as ferramentas mais adequadas para a realização de desenhos de detalhamento, bem como seu fluxo. O 3D deixou de ser algo complexo, e restrito a pequenas construções.

As dimensões BIM, no entanto, ainda são motivo de muito debate, alguns acalorados. Todos concordamos sobre a dimensão vetorial, o 2D, sobre o terceiro eixo para representação de volume, o 3D, já incluímos a simulação integrando o modelo tridimensional com o tempo, o 4D, e analisamos dados econômicos e financeiros na dimensão de custos, o 5D.

Se você já entendeu, e pensa que para um projeto BIM isto é o suficiente, pode parar de ler aqui.

Este é apenas o início da jornada BIM.

Mas se você concorda que há muitas formas de combinar as informações do modelo, como em um rubix cube, o nosso "cubo mágico", prossiga.

Imagem de BIM

 

Antes de se falar no "D" de "dimensão", falamos do conceito que este "D" representa. Mas ainda há outras várias dimensões, a exemplo da dimensão de eficiência energética, que pode ou não ser a mesma tratativa da sustentabilidade, que pode ainda incluir as certificações LEED. A dimensão de facilities management, para operação e manutenção da construção. Já existem iniciativas de incluir no modelo informações de segurança e medicina do trabalho, e até mesmo de qualidade, e segurança física. O "pandemonium de Pandora" (a popular treta) começa onde as definições não estão amplamente difundidas ou claras.

Não defendo uma utilização de "D" para tratar dimensões do BIM além do 5D. Conceitos confundem-se com necessidades operacionais, a exemplo de facilities management, onde confundir conceitos e práticas de gestão, que são processos, com necessidade e facilidades de operacionais, como IoT usando sensores auxiliares para realização do facilities management.              Wladmir Araujo

Após as dimensões de modelagem 3D, incluiremos o tempo, 4D, e o custo 5D. Isto é o suficiente (sempre é possível pensar em melhorias) para construir um empreendimento.

Estas melhorias podem incluir Lean Construction, Advanced Work Packaging, Front End Loading, 5W2H e tantos outros conceitos, metodologias e melhores práticas. O problema dos "Ds no BIM" é exatamente que cada vez mais conceitos, metodologias e melhores práticas tem sido "empurradas" para dentro de alguma dimensão.

Padronização

A exemplo da Internet, onde existe o W3 Consortium que dita as regras, o BIM tem a buildingSMART, um consórcio de empresas e profissionais de alcance global. No entanto ainda não há uma formalização dos padrões dimensionais, mesmo além do 3D. Mundialmente, 4D e 5D são consensos pois ainda tem tangíveis aplicáveis, e é uma premissa básica para qualquer projeto. Além disto é algo muito mais "localizado", dependendo do que a organização e seus indivíduos adotem como padrões e melhores práticas.

Uma boa prática que pode solucionar o problema é a adoção do tesserac hypercube. Sim, você leu corretamente. O Tesseract não é um "objeto mágico do multiverso Marvel". Mas uma aplicação matemática usada na ciência. Médicos virologistas criam modelos de em dimensões superiores de sequências de DNA, onde cada componente de uma molécula de DNA tridimensional tem um dos quatro atributos possíveis (A, T, G ou C).

Bancos de dados relacionais, ou mesmo as conhecidas planilhas Excel que usamos como entrdas para dashboards do Power BI criam relacoinamentos entre tabelas que elaboram formas de dimensões superiores. 

Algoritmos computacionais usam conceitos multidimensionais, como uma matriz (planilha) composta por três páginas, onde os elementos em cada camada são vinculados a novas páginas. As novas páginas adicionam outra dimensão, mas você não pode imprimi-las no mundo tridimensional normal para ver como as partes da planilha se unem.

Complicado? Veja a figura na sequência:

Imagem de BIM

Cada "desdobramento" dimensional superior, cria um novo plano, ou dimensão. As dimensões podem ter relações entre si, da mesma maneira que tabelas de bancos de dados, para criar informações diferentes a partir do relacionamento entre outras camadas e tabelas, ou, os links entre planilhas Excel, e mostrar resultados combinados de várias formas no Power BI.

O resultado de não se usar o conceito de D, mas de dimensão, é que cada desdobramento pode ser uma nova dimensão, usando dados de diferentes camadas. Wladmir Araujo

Esta proposta pode acabar com os conflitos, uma vez que dados de eficiência energética, sendo considerados como uma camada ou dimensão, podem ser combinados com dados de sustentabilidade para fornecer indicadores de qualidade para o facility management. Ou seja, várias camadas, vários desdobramentos, múltiplas dimensões, sem ficar preso a um "D".

Escreva nos comentários como são definidas as dimensões BIM na sua organização.

 

No próximo episódio: Normas e padrões BIM no Brasil

 

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